• Roadshow lota no Rio e Fenapro vê aumento no otimismo do mercado

    Toolbox da Fenapro

    A Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro) já está pensando em fazer uma segunda rodada no Rio do seu roadshow “Caixa de Ferramentas”, que acontece no Rio no próximo dia 24 de maio, no Centro Empresarial Rio. Com vagas para 24 agências, o evento já superou a meta, com fila de espera. Confirmaram a presença Agência 3, Agência Brick, Altermark, Ana Laet, Artplan, Binder, De Brito, DPZT, Duelo, FCB, Groove, Kindle, Leiaute, Lent/AG, NBS, Packaging Brands, Po84, Posterscope, Publiká, Script, WMcCann, Wide, X-Tudo, Yuzú e Z+ Rio.

    No “Caixa de Ferramentas”, 10 mesas são montadas com fornecedores do mercado atendendo tête-à-tête cada uma das agências. A cada 15 minutos, as agências trocam de mesas. Nos intervalos, haverá palestras da TV Globo e da Getty Images, apoiadoras do roadshow.

    Para Glaucio Binder, presidente da Fenapro, a grande procura pelas agências é um demonstrativo do aumento do otimismo no mercado carioca, o que já havia sido detectado pela pesquisa VAN Pro, realizada pela entidade no primeiro trimestre ano ano. Vejam a seguir os números da pesquisa, respondida por 146 agências em todo o país, 12 das quais do Rio de Janeiro:

    1. Como foi o primeiro trimestre de 2018, comparado ao trimestre anterior (último trimestre de 2017)?

    Brasil:

    Melhor: 34,9%
    Pior: 40,3%
    Igual: 24,8%

    Sudeste:

    Melhor: 30,5%
    Pior: 46,5%
    Igual: 23,0%

    Rio:

    Melhor: 43,0%
    Pior: 28,0%
    Igual: 29,0%

    Observações: Contrariando o otimismo observado na medição anterior, o primeiro trimestre de 2018 frustrou expectativas, com a maioria das agências declarando uma performance significativamente menor do que a esperada. Em média, uma queda de 50%, quando comparada com o trimestre anterior. Tal performance pode ser atribuída ao receio do mercado em função do aumento da instabilidade política. No entanto, o Rio surpreendeu positivamente, apresentando uma performance melhor (43% consideraram o 1º trimestre melhor que o anterior) que os demais estados do Sudeste (SP: 32%, MG: 18% e ES: 29%) e acima da média brasileira.

    2. Número de concorrências e licitações, comparado ao trimestre anterior

    Brasil:

    Aumento: 32,9%
    Diminuição: 30,4%
    Igual: 36,7%

    Sudeste:

    Aumento: 28,5%
    Diminuição: 37,8%
    Igual: 33,7%

    Rio:

    Aumento: 17,0%
    Diminuição: 16,0%
    Igual: 67,0%

    Observações: Sudeste e Centro-Oeste apresentaram queda significativa do número de licitações. Já nas regiões Norte e Nordeste, observou-se o contrário, com um aumento de 100% no número das licitações. No Rio, o quadro ficou inalterado, com a maioria declarando o mesmo movimento de concorrências e licitações do trimestre anterior.

    3. Expectativa de investimento em propaganda por parte dos clientes no próximo trimestre (2º)

    Brasil:

    Melhor: 47,4%
    Pior: 16,9%
    Igual: 35,8%

    Sudeste:

    Melhor: 56,5%
    Pior: 16,5%
    Igual: 27,0%

    Rio:

    Melhor: 57,0%
    Pior: 00,0%
    Igual: 43,0%

    Observações: Com exceção do Norte e do Nordeste, que apresentam previsões menos otimistas, todas as demais regiões Mantêm expectativa otimista quanto aos negócios do segundo  trimestre de 2018. A média Brasil se mantém praticamente inalterada, com um bom índice de otimismo (47,4% esperando melhora, 35,8% prevendo uma situação igual ao 1º trimestre e apenas 16,9% com expectativa pessimista). Conclusão: apesar da frustração de expectativa no 1º trimestre, o otimismo permanece para o próximo período. No Rio, o otimismo é mais marcante que no Brasil e um pouco acima no Sudeste.

    4. Expectativa para 2018

    Brasil:

    Melhor: 53,9%
    Pior: 11,8%
    Igual: 34,3%

    Sudeste:

    Melhor: 61,3%
    Pior: 14,7%
    Igual: 24,0%

    Rio:

    Melhor: 86,0%
    Pior: 00,0%
    Igual: 14,0%

    Obs: Embora se perceba uma queda de otimismo, quando comparado ao trimestre anterior, a perspectiva para o ano de 2018 continua positiva. 88,2% dos respondentes esperam um ano melhor ou igual a 2017. Apenas 11,8% preveem um ano pior. Mas fica clara a preocupação com os novos movimentos na política e a sucessão de escândalos de corrupção. Havia uma percepção de deslocamento da economia em relação à política, mas os recentes acontecimentos parecem minar o otimismo. Surpreendentemente, o Rio é o estado mais otimista do Brasil, com relação à performance no ano.

    5. Quais os setores da economia que impulsionaram mais negócios?
      Brasil Rio
    Comércio Serviços
    Serviços Indústria
    Setor Público Comércio

    Marcio Ehrlich

    Jornalista, publicitário e ator eventual. Escreve sobre publicidade desde 15 de julho de 1977, com passagens por jornais, revistas, rádios e tvs como Tribuna da Imprensa, O Globo, Última Hora, Jornal do Commercio, Monitor Mercantil, Rádio JB, Rádio Tupi FM, TV S e TV E.

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